Muita gente começa a tocar a empresa sem contar com esse instrumento de gestão, mas essa é uma decisão equivocada. Ele vem antes da gestão e da administração das finanças, porque serve de base de sustentação para todo o empreendimento.
Antes de formalizar sua empresa, o contador deve fazer o planejamento tributário do negócio, pois isso terá impacto direto nos resultados. E mais: além das questões fiscais e tributárias, a contabilidade pode auxiliar em assuntos financeiros importantes.
Ele é a pessoa certa para consultar se você está em dúvida na hora de expandir seu negócio ou quando pensa em tomar um empréstimo, por exemplo.
Embora seja um erro comum no início, misturar as contas pessoais às da empresa pode causar prejuízos sérios e a confusão nos números se torna ainda mais perigosa à medida que o negócio cresce.
Por isso, é importante adotar uma separação total de contas desde o início e estabelecer um pró-labore para que o gestor possa fazer retiradas mensais programadas.
Para separar bem as finanças da empresa e as contas pessoais, é essencial criar uma conta PJ e as melhores opções hoje são as contas digitais, pois oferecem agilidade, praticidade e custo baixo.
O ponto de partida da gestão financeira em qualquer empreendimento é controlar o caixa, ou seja, registrar e monitorar todas as entradas e saídas, além de conferir as vendas e o saldo diariamente.
Sem um fluxo de caixa adequado, o gestor não sabe em que ponto o negócio se encontra e não tem informações suficientes para tomar decisões.
Quando você começar a acompanhar o caixa da empresa, vai perceber que existem padrões nas entradas e saídas de dinheiro. Logo, você precisa saber exatamente quais são as contas a pagar e a receber no seu negócio, concorda?
Para isso, existe o plano de contas, que nada mais é do que uma classificação das diferentes movimentações financeiras que ocorrem na sua empresa.
Para elaborar o seu, basta separar as receitas e despesas/custos que você identificou em categorias como recebimentos de vendas, despesas operacionais, impostos, comissões, pró-labore, salários etc.
Depois de dominar o fluxo de caixa, você precisa determinar qual o capital de giro necessário para sua empresa se manter e crescer de forma sustentável.
Essa reserva em caixa é composta pelas contas que têm “giro”, ou seja, fazem parte do dia a dia e sustentam as operações do negócio, como pagamentos de fornecedores, estoques e salários.
Em alguns momentos, sua empresa terá mais giro do que fontes de receita — e tudo bem, desde que você tenha capital de giro suficiente para cobrir as contas nesse período. Logo, você precisa saber o valor ideal para manter em caixa para conseguir honrar os compromissos da empresa até os próximos recebimentos.
Como vimos, planilhas e softwares de gestão e de tarefas podem ser uma mão na roda para os empreendedores.
Com essas ferramentas, fica mais fácil fazer a gestão financeira do negócio sem esquecer da operação e da estratégia da empresa. Então, sempre que possível, invista em automações e integrações para perder o mínimo tempo possível em tarefas manuais e repetitivas.
A tomada de crédito é um capítulo importante em qualquer guia sobre como controlar as finanças da empresa, afinal, em vários momentos um financiamento é essencial para viabilizar a expansão dos negócios.
O estoque tem tudo a ver com as finanças e é um grande gargalo em algumas empresas.
Lembre-se de que as matérias-primas e produtos ali armazenados são ativos, valem dinheiro e fazem parte, portanto, dos esforços de administração, de modo que perdas com produtos vencidos ou furtados podem custar caro.
Com uma perspectiva de semanas e meses à frente, você pode organizar melhor as contas a pagar e receber, montar o capital de giro e fazer a projeção de investimentos.
Nem sempre pequenas empresas mantêm uma reserva de dinheiro para o futuro. Porém, assim como na sua vida pessoal, essa parte das finanças serve para situações extraordinárias e pode ser a salvação em momentos de crise.